Seringas encontradas no depósito da santa Casa é parte do material fora do prazo ; crise segue na saúde.
Mesmo com um cenário desolador, os primeiros dias á frente da Santa Casa de Cachoeira Paulista estão sendo de reestruturação e trabalho intenso para o novo interventor, Marco Antônio Marucco. Além de uma dívida superior a R$10 milhões, o interventor terá que ter desenvoltura para tentar sanar a crise instalada nestes últimos anos no hospital.
De acordo com Marucco a dívida superior a R$ 10 milhões é resultado do não pagamento de diversas despesas pela antiga gestão, como as contas de água e luz que não são pagas há oito anos. Além dos inúmeros obstáculos financeiros, o interventor encontrou no hospital diversos problemas estruturais.
“Devido a dezenas de goteiras, na semana passada choveu tanto aqui que eu até acionei a equipe da Defesa Civil. No centro cirúrgico além dos equipamentos sucateados até o piso é inadequado. Realmente a situação que encontrei aqui é deplorável”, lamentou Marucco.
O interventor ressaltou ainda o descaso da antiga gestão com os bens públicos. “Encontramos aqui quase duas toneladas de lixo hospitalar e centenas de remédios vencidos. Praticamente todos os equipamentos estão sucateados. Pelo que pude analisar, aparentemente a antiga gestão não gastou R$ 1 para melhorar as instalações e o atendimento na Santa Casa, isto é lamentável”.
Marucco destacou ainda quais estão sendo suas primeiras ações para tentar amenizar a crise instalada no hospital, e as negociações com os profissionais que estão com os salários atrasados.
“Além de regularização de questões administrativas e contratuais, solicitei a poda das árvores no fundo do hospital, que estavam um verdadeiro matagal abandonado. Temos conversado bastante com os nossos funcionários, que até hoje não receberam o 13°, e acredito que nos próximos meses este atraso será pago”.
Mais problemas – Marucco revelou ainda que a Santa Casa está funcionando a mais de dois anos sem o alvará concedido pela Vigilância Sanitária, e que equipamentos essenciais para o atendimento ficaram muitos anos sem receberem a manutenção adequada.
Reportagem Lucas Barbosa/Jornal Atos
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