Vidros da porta do posto quebrado denunciam estado de abandono após paralisação de atividades por imbrólio juridico; espero por retomada (Foto: Lucas Barbosa)
Há quase dois anos desativado por ter sido construído em área irregular, o Posto de Saúde do bairro São José, na zona rural de Piquete, pode ter suas portas reabertas em 2014. O anúncio da Prefeitura trouxe esperança para os moradores que diariamente enfrentam diversas dificuldades para receberam um acompanhamento médico.
Os vidros quebrados e a sujeira na entrada denunciam o estado de abandono do posto construído em 2010, pela gestão do ex-prefeito Otacílio Rodrigues (sem partido). O local que deveria evitar que os moradores precisassem deslocar-se até a área urbana, tornou-se um símbolo de incompetência administrativa.
Em 2012, o Governo do Estado ordenou o fechamento da unidade, já que além de construído em uma área que não pertencia à Prefeitura. O terreno é uma APP (Área de Preservação Ambiental).
A prefeita Teca Gouvêa (PT) foi informada em abril pelo Governo Federal, que devido à irregularidade, o município teria que devolver R$126 mil aos cofres públicos. A notícia “caiu como uma bomba no colo” da petista, que desde então busca alternativas para solucionar o impasse.
Na última semana, a chefe do Executivo deu detalhes do andamento dos trabalhos para garantir que a situação seja regularizada. “Estamos estudando propor ao governo uma compensação ambiental para que o posto volte a funcionar, ou seja, juntamente com o proprietário do terreno, iremos escolher outra área para fazermos o plantio de árvores e outras ações”, explicou.
Teca criticou a falta de visão e planejamento da antiga gestão. “É inadmissível que essas famílias paguem pela incompetência de quem fez e executou esse projeto. Essa construção irregular também representa um grande desrespeito com o dinheiro público”.
Dificuldades – De acordo com o morador Francisco Carlos Alves, 60 anos, a falta de um posto de saúde está prejudicando a qualidade de vida dos moradores. “Para receber atendimento, a gente tem que esperar quando a van da Prefeitura passa ou andar até o posto da Vila Isabel. Isso é muito ruim, porque assim como eu, a maioria dos moradores sofrem muito para chegar até lá”, desabafou.
Lucas Barbosa
Jornal Atos
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