A rádio comunitária Vale FM, em que o vereador Antonio Carlos Marciano (PTB) possui um programa, voltou a funcionar no começo da semana passada. O local foi interditado pela Prefeitura, no último dia 24, após ação da 3.ª Vara da Comarca de Cruzeiro, por irregularidades no seu funcionamento. Apesar da decisão, o local permanece lacrado.
Tanto o parlamentar, que é ex-presidente da emissora, quanto a rádio são alvos de investigações no Legislativo.
O juiz havia determinado a paralisação das atividades radiofônicas imediatamente, sendo passível de multas diárias. É a segunda vez em que o prédio é lacrado pela fiscalização pelo mesmo motivo.
Segundo Marciano, a alegação para o fechamento do Vale FM seria a falta de alvará. Porém, ele afirmou que toda a documentação necessária para a expedição, como laudo do Corpo de Bombeiros e projeto técnico, já foi protocolada na Prefeitura em 2011.
O vereador afirmou que um dos motivos para a recusa quanto à liberação do documento deve-se ao fato da emissora não ter assinalado ao Ministério das Comunicações, a mudança do endereço da emissora. O ex-presidente esclareceu ainda que as denúncias foram feitas à Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e que tendo em vista a falta de mudança de endereço não seria motivo para interromper o sinal da rádio.
O ex-presidente afirmou que com o fechando da rádio estão “calando a voz de toda uma comunidade”. “Jamais irão apagar os sentimentos de seus moradores e os atos de corrupção”, completou.
Após as declarações do vereador, a equipe de reportagem do Jornal Atos entrou novamente em contato com Marciano para checar o local onde estariam sendo feitas às transmissões. Ele comunicou que não poderia falar em nome da rádio, já que não era o diretor.
O presidente da emissora, Celso Augusto Rocha, não foi encontrado até o fechamento desta edição. O prédio, que fica na Rua Joaquim do Prado, n.º 280, no Centro, continua fechado. As transmissões estariam irregulares e uma nova denúncia foi feita à Anatel.
Investigações – No último dia 21, a Câmara de Cruzeiro aprovou a comissão processante para averiguar irregularidades na solicitação de provas para a
Comissão dos Toldos, pelo então presidente do caso, Antonio Carlos Marciano, que teria solicitado a si mesmo, como presidente da Rádio comunitária Vale FM.
Ele não poderia ter assinado como responsável pela emissora, já que não estava no cargo durante a solicitação ao Legislativo. O parlamentar alegou ter apresentado aos colegas uma ata que comprovaria a regularidade do ato.
Reportagem Allan Torquato
Jornal Atos
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