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Foto: Arquivo Internet |
O Tribunal de Justiça condenou o ex-prefeito de Arapeí, Adolpho de Paula Ramos, a devolver R$ 50 mil aos cofres públicos, em um processo de improbidade administrativa. Ele ainda perdeu os direitos políticos por cinco anos. A defesa dele disse que ainda não foi notificada.
Segundo a acusação do Ministério Público, no ano de 2000 ele praticou atos que causaram prejuízo à prefeitura da cidade, entre eles a aplicação de verbas de educação abaixo do patamar constitucional, o aumento de despesas com pessoal nos últimos 180 dias de exercício do primeiro mandato e a aquisição de combustível sem licitação.
Em primeira instância, o ex-prefeito havia sido condenado ao ressarcimento integral do dano, à suspensão dos direitos políticos por cinco anos, ao pagamento de multa civil equivalente ao valor da lesão aos cofres públicos e à proibição de contratar com o Poder Público também por cinco anos.
Ambas as partes recorreram – o político alegou a inexistência dos atos de improbidade e o Ministério Público requereu a imposição de sanção de perda de função pública e reconhecimento de dano moral coletivo. O julgamento favorável ao MP ocorreu em dezembro.
Outro lado
Procurado, o advogado Adolpho de Paula Ramos disse que o ex-prefeito ainda não foi notificado da decisão.
Fonte:g1/globo.com/vanguarda
Prezado
Leitor assíduo dessa pagina virtual, deparei-me com
a publicação de notícia acerca de ação de improbidade administrativa movida
contra mim e em trâmite no Tribunal de Justiça.
Gostaria que pedir fosse publicada nota de esclarecimento a respeito dos fatos eis que, tal como saiu, a informação restou truncada e de certo modo inconclusiva.
Primeiramente salientar que não houve trânsito em julgado da decisão. O acórdão sequer foi publicado oficialmente quando, então, se inicia a contagem de prazo para interposição de recursos.
Quanto ao conteúdo da ação de improbidade, em nenhum momento há qualquer menção a desonestidade ou coisa que o valha.
A ação foi manejada pelo Ministério Público sob a imputação de que cometi improbidade resultante dos seguintes fatos apurados pelo Tribunal de Contas no ano de 2.000: gastos com pessoal acima do limite estipulado em lei (2% a mais); gastos com educação aquém do determinado na Constituição da República (0.23% a menos do que os 25% estipulados), restos a pagar (pra mim mesmo, afinal fui reeleito) e aquisição de combustível sem processo licitatório (a cidade, desde então até hoje tem apenas um posto de gasolina !).
Cotejando os autos, verifica-se que em momento algum há o reconhecimento ou constatação de que houve dano ao erário ou enriquecimento ilícito. Malgrado essas condições, a Câmara Julgadora, contrariando a jurisprudência do próprio Tribunal de Justiça e mais ainda do STJ, aplicou todas as penalidades possíveis com uma virulência poucas vezes vista.
Não bastasse isso e também contra a corrente predominante no Tribunal, entendeu que, ao contrário do que havia decidido a juíza de primeira instância, o pedido de perda da função não estava prejudicado, vez que já não era mais prefeito. Assim, dando provimento a apelação do MP, mudou a sentença de primeira instância pra alcançar qualquer cargo que eu estivesse ocupando por ocasião da sentença. Uma pena, portanto, quase perpétua.
Esses são os fatos. Pretendo recorrer da decisão do
TJ tão logo seja publicado o acórdão. Segundo o entendimento jurídico
prevalente, nesse caso houve exacerbação injustificável na aplicação das
penalidades, mormente considerando a inexistência de dano ao erário e de
enriquecimento ilícito, além de ausência de fundamentação para cada sanção
aplicada.
Vou questionar a legalidade da sentença nas instâncias próprias, mas queria manifestar minha surpresa com a inovação da jurisprudência e a dureza das penas, justamente e pra minha infelicidade, num caso em que sou réu.
Vou questionar a legalidade da sentença nas instâncias próprias, mas queria manifestar minha surpresa com a inovação da jurisprudência e a dureza das penas, justamente e pra minha infelicidade, num caso em que sou réu.
Durante quase 24 anos como Delegado de Polícia e tendo trabalhado em cidades sabidamente problemáticas como Itaquaquecetuba, Franco da Rocha e zona leste da capital, nunca tive contra mim nenhum procedimento de natureza administrativa ou criminal. Isto, entretanto, parece que não significa nada.
Confio que vamos conseguir reverter a decisão. A
resiliência é uma qualidade que os policiais, ante as condições que convivem
diuturnamente, cultivam, ainda que não saibam.
Abraço
Adolpho Henrique de Paula Ramos
Atualizado ás 17h25 09/01/2013
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