Sem sucesso na primeira tentativa, o vereador Aurélio da Farmácia (PMN), (Foto), voltou a fazer novas denúncias em relação à empresa vencedora do pregão do transporte de alunos, realizada no final de novembro do ano passado em Cachoeira Paulista. A atual denúncia reforça as suspeitas em relação aos valores e levanta novas questões quanto aos proprietários. O caso está sendo comparado ao de Bananal, no ano passado, envolvendo as mesmas empresas.
O parlamentar chegou a fazer o pedido de investigação, mas a maioria do Legislativo optou por não abrir a CEI (Comissão Especial de Inquérito). Outro fator que despertou as desconfianças do parlamentar é que a empresa Endijá Transportes, vencedora da licitação, tem o mesmo representante que a concorrente Carlos Augusto Teixeira Transportes. Além de ter como endereço a mesma rua. “Coisas horripilantes estão aparecendo o que ficou notório é que duas empresas que participaram do pregão do transporte tinham como titular o mesmo sócio”, enfatizou.
Aurélio questiona também o fato da empresa vencedora ser a mesma ganhadora de outras duas cidades. “Por que só as cidades com administração petistas que contratam essa empresa? Por que só as prefeituras do PT que a empresa ganha, o que há de tão bom assim? E o que há de obscuro que não sabemos”.
A polêmica em Cachoeira é comparada ao caso de Bananal, denunciado no ano passado pelo programa CQC da TV Bandeirantes. Na ocasião, um morador denunciou a contratação de uma empresa com preços abusivos e com cálculos dos trajetos alterados.
Na época, os preços por quilometro foram alterados de R$ 1,50 para R$ 4, 25. Outra indignação foi em relação aos valores das cotações, já que a empresa vencedora teria sido a que apresentou o preço mais alto na concorrência entre outras quatro, resultando em uma diferença de R$ 1.470 milhão.
Em resposta, a Prefeitura informou que fechou um contrato anual de R$ 3.857.760.00 com a Endijá Transportes.
Alegou que o aumento nos preços foi devido a diversos fatores como a contratação de monitores, encargos sociais e tributários da empresa e empregados, o valor do combustível, qualidade dos veículos utilizados no transporte, além do aumento no número de linhas e veículos.
Ainda de acordo com a Prefeitura o valor contratual ficou abaixo do obtido nas cotações prévias realizadas para instruir o processo licitatório e que os valores apontados pelo vereador estão completamente equivocados e revelam total desconhecimento da realidade do transporte escolar do município nos últimos anos.
Quanto a possível relação entre as empresas Endijá e Carlos Augusto Transportes, o executivo alegou que não tem conhecimento.
Reportagem Idalina Miranda/Jornal Atos
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