Bananal bate recorde de casamentos na região

Com a "força espiritual" de Santo Antônio, padroeiro de oito cidades do Vale do Paraíba, a região aumentou 2,72% os casamentos em 2016 na comparação com 2015, segundo balanço da Fundação Seade. São os dados mais recentes a respeito do tema.

Na contramão, as uniões no Estado caíram 2,9% no mesmo período. Os pombinhos na região subiram de 18.141 em 2015, no Vale, para 18.634 no ano seguinte, 493 casamentos a mais em um ano.

Já no Estado eles caíram de 305.391 para 296.546 no mesmo intervalo de tempo --8.845 a menos que o verificado no ano anterior. Segundo a Fundação Seade, os dados foram obtidos por meio de parceria com os cartórios de Registro Civil em todo Estado.

MERCADO

Claro, quem se beneficia da "onda casamenteira" é o empreendedor do mercado de beleza, que cresceu cerca de 30% no Vale do Paraíba nos últimos dois anos mesmo durante a crise econômica.

"A crise trouxe muita gente para esse mercado, que vem crescendo bastante na região", afirmou à reportagem Priscila Yonezawa, que organiza feira para noivas em São José dos Campos.

"Acho que por ser uma região do interior, mais tradicional e conservadora, o casamento ainda é muito procurado", disse Vinícius Rangel, fotógrafo de casamentos.

CIDADES

Igreja Matriz de Bananal.Cidade teve um crescimento de 155% nos casamentos. Foto:TripAdvisor

No Vale, 14 cidades tiveram aumento nos casamentos em 2016 na comparação com o ano anterior e duas ficaram sem mudança. Os demais 23 municípios registraram queda nos casórios. Bananal foi quem mais cresceu: 201 para 513 casamentos, 155,22% em um ano.

Número de casórios sobe e desce nas grandes cidades da região

As cinco maiores cidades do Vale do Paraíba tiveram comportamento diferente quanto aos casamentos. Duas aumentaram os casórios em 2016 na comparação com 2015 e três, reduziram.

Jacareí foi a melhor do grupo, aumentando 5,69% com 1.652 casamentos em 2016 contra 1.563, em 2015. São José cresceu 1,82%: 5.207 ante 5.114.

As demais reduziram as uniões formais. Guaratinguetá caiu 0,34% (867 a 870), Taubaté reduziu 2,96% (2.130 a 2.195) e Pindamonhangaba retraiu 5,63% (1.040 a 1.102).

Jambeiro foi onde mais caiu: -39,22% (31 a 51).

Xandu Alves/ O Vale