A Auxiliar de arbitragem Patrícia Carla de Oliveira, de 32 anos, conhecida por ser de família ligada à arbitragem de futebol, integrou a equipe de árbitros que apitaram recentemente um jogo da 2ª Fase do Campeonato Paulista da Segunda Divisão – 2014.
Patrícia que tem o esporte no sangue não nega o dom familiar e segue os passos dos tios Luiz Flávio e Paulo César, que também são árbitros de futebol. No entanto, ela optou por árbitra assistente ao invés de apitar.
Em entrevista ao site do Esporte Clube Primavera, Patrícia contou um pouco da sua história e opinou sobre a participação da mulher no mundo da arbitragem. Ela disse que tudo começou por causa dos tios, pois sempre que podia, acompanhava o trabalhos deles. Em 2004, surgiu à oportunidade de ingressar no curso da (FPF) Federação Paulista de Futebol e lá se foi Patrícia.
“Minha escola de árbitros é de 2004, mas comecei a auxiliar em 2005. Eu tentei a sorte e fui, pensei, quem sabe dá certo”, conta. E hoje patrícia diz que já perdeu as contas de quantos jogos auxiliou.
Desde 2012 na séria A1 do Campeonato Paulista, Patrícia diz que já ouviu de tudo, mas que antigamente havia muito preconceito, com as mulheres dentro do futebol, no entanto, hoje a situação é mais amena. “Às vezes agente ainda escuta um “murmurinho” vai lavar roupa, vai pilotar um fogão, mas a gente tira isso de letra”, brinca.
Segundo a auxiliar, dentro dos campos é diferente, os jogadores respeitam muito. “Nunca sofri nenhum preconceito por parte dos jogadores ou comissão técnica, só por parte dos torcedores mesmo que às vezes surgem com essas brincadeiras” ameniza Patrícia.
Sobre esses comentários ela diz que dependendo do jogo quase não percebe o “falatório”, pois o objetivo maior é ficar atenta aos lances durante toda a partida, deixando de lado qualquer interferência extracampo.
Evolução
A auxiliar conta também que a evolução do futebol hoje é igualitária em todas as categorias, pois ela atua não só no profissional, mas também nas categorias de base, e isso dá um parâmetro para perceber a evolução dos jogadores. “A diferença da 2ª Divisão para a 1ª já não está tão grande, o futebol cresceu muito, os jogadores estão mais rápidos então a gente tem que ficar ligado o tempo todo, independente se é Séria A1, Segunda Divisão ou Base”, observa.
Para finalizar Patrícia manda um recado para as meninas que queiram seguir na carreira. “Se é um sonho ser auxiliar ou árbitra central, acham legal e querem fazer o curso de arbitragem, que façam, é um sonho que elas vão realizar e correr atrás”, termina.
Reportagem Luciano Dibalbino
Fonte:primaveraindaiatuba.com.br
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