Concessionária cortou ontem o fornecimento à Prefeitura de Cachoeira Paulista, que acumula cerca de R$ 800 mil em contas atrasadas
O fornecimento de energia elétrica ao prédio da Prefeitura de Cachoeira Paulista foi cortada ontem por falta de pagamento. Segundo a própria administração municipal, a dívida está em cerca de R$ 800 mil reais.
O prefeito Fabiano Vieira (PSDB) diz que o prédio funcionou à base de geradores e que nenhuma atividade do governo foi suspensa.
“Ja tentamos fazer diversas vezes um acordo para pagar a dívida. Desde as eleições a empresa fica nos ameaçando”, disse.
Em nota, a EDP Bandeirante informou ter seguido resolução da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que autoriza o corte por dívida. A empresa alegou ainda que informou a prefeitura com 15 dias de antecedência sobre a suspensão.
Ainda não há previsão de quando a energia será restabelecida. A prefeitura entrou com um mandado de segurança na Justiça para normalizar o fornecimento.
“Caso a Justiça não acate nosso pedido, a prefeitura vai continuar funcionando com geradores”, disse o prefeito.
Fabiano alega que a Bandeirante também tem dívidas com a prefeitura, de cerca de R$ 3 milhões. O processo da dívida está na Justiça --um dos acordos tentado pela prefeitura foi abater desse valor as contas de luz em atraso.
Contradição. O prefeito eleito João Luiz (PT) diz que a dívida da prefeitura com a Bandeirante é maior.
“O valor que a Bandeirante me passou é de R$ 5 milhões. De 115 parcelas, a prefeitura pagou apenas 13”, disse.
Para João Luiz, a situação da prefeitura “é preocupante”.
“Serviços básicos à população não estão sendo feitos. Hoje [ontem], o pronto-socorro da Santa Casa ficou sem atendimento durante o dia por falta de pagamento aos médicos”, afirmou o petista.
Fabiano disse que a prefeitura está cortando gastos para não deixar problemas para a próxima gestão, mas sem comprometer serviços.
“Vou entregar todas as obras previstas e o próximo prefeito vai encontrar uma cidade em ótimo estado.”
Reportagem Paulo Lopes/O Vale
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