Um delegado da Receita Federal de São Paulo foi detido na manhã de ontem (15) após atropelar um motociclista de 25 anos na via Dutra em Taubaté.
Marcelo dos Santos Cardoso teve perfurações no pulmão, fraturas na costela e hemorragia interna. Ele chegou a ser levado pelo Corpo de Bombeiros para o Hospital Regional, mas não resistiu e morreu.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o acidente aconteceu por volta de 8h no km 115 da Dutra, na pista sentindo Rio de Janeiro, em Taubaté. O delegado José Aparecido Dias, 46 anos, teria batido o carro (um Pajero) na motocicleta que, com a colisão, ficou prensada no veículo que estava na frente.
Mesmo após o acidente, Dias teria engatado a marcha à ré e fugido pela direita. O motociclista ficou enroscado debaixo do carro e foi arrastado por cerca de 30 metros.
“Apuramos o acidente e temos mais de uma testemunha do acidente. Todas elas dizem a mesma coisa, que o condutor do veículo negou socorro”, disse Edney Meirelles, inspetor da PRF de Taubaté.
Álcool. A PRF acionou a Polícia Militar e o delegado foi pego na avenida do Povo pela equipe do Rocam.
No Boletim de Ocorrência consta que ele se negou a fazer o teste do bafômetro e que exalava cheiro de álcool.
Segundo a Polícia Civil, Dias passou por um exame clínico que teria constatado que não estava alcoolizado. Ele foi ouvido e liberado em seguida.
Testemunha. O professor Valnei dos Santos Souza, 36 anos, é uma das testemunhas que viu o motociclista pedir socorro. “Ele (delegado) foi totalmente imprudente. Bati no vidro do carro, gritei dizendo para ele não andar porque ia passar em cima do rapaz e mesmo assim ele deu a ré, passou por cima dele e depois fugiu”, disse.
Souza ainda afirma que nunca presenciou um acidente parecido. “Começamos a gritar que tinha um rapaz embaixo, mas ele arrastou por uns 30 metros. Esse motorista não pode sair impune, ele debochou de todo mundo.”
Defesa. Por telefone, o delegado disse que não fugiu do local do acidente pois um outro motorista envolvido na colisão seria o responsável pela batida.
Segundo ele, o motociclista colidiu com um outro veículo, derrapou e apenas encostou no carro dele.
“O trânsito estava quase parado, a moto surgiu do nada e colidiu no Corsa (onde estava Valnei dos Santos Souza). Por esse motivo, vi que não era comigo e segui minha viagem. Não dei marcha à ré, não atropelei ninguém e também não estava alcoolizado. Estou a disposição para ajudar a polícia no que for preciso”, afirmou o delegado.
PERDA
Família acha que houve imprudência
Taubaté
A vítima Marcelo dos Santos Cardoso, 25 anos, é de Cachoeira Paulista e morava em Taubaté na casa de familiares há menos de um ano.
Ele trabalhava como manobrista na empresa MRS Logística e voltava para casa. A família acredita que houve imprudência do delegado da Receita e afirmou que deverá acioná-lo na Justiça. “Os policiais militares afirmaram que ele estava dirigindo embriagado. Além de não ter feito o teste do bafômetro, negou socorro ao meu irmão. Isso é um absurdo, não vai ficar assim”, disse Maurício Cardoso Neto, 30 anos.
O pai, Maurício Cardoso Filho, 54 anos, acredita que o acidente foi um assassinato. “Estamos destruídos. Nosso medo é que acabe em pizza, que não dê em nada. O motorista negou socorro ao meu filho. Se ele tiver errado mesmo, foi um assassino”, disse.
Corpo. O corpo foi liberado na tarde de ontem pelo IML (Instituto Médico Legal) de Pinda e encaminhado para Cachoeira Paulista. Ele será enterrado no Cemitério Municipal. “Perdemos parte da família, um menino muito bom e trabalhador. Estamos inconformados por não terem ajudado ele”, disse Mayra Cardoso de Oliveira, prima do motociclista.
Família acha que houve imprudência
Taubaté
A vítima Marcelo dos Santos Cardoso, 25 anos, é de Cachoeira Paulista e morava em Taubaté na casa de familiares há menos de um ano.
Ele trabalhava como manobrista na empresa MRS Logística e voltava para casa. A família acredita que houve imprudência do delegado da Receita e afirmou que deverá acioná-lo na Justiça. “Os policiais militares afirmaram que ele estava dirigindo embriagado. Além de não ter feito o teste do bafômetro, negou socorro ao meu irmão. Isso é um absurdo, não vai ficar assim”, disse Maurício Cardoso Neto, 30 anos.
O pai, Maurício Cardoso Filho, 54 anos, acredita que o acidente foi um assassinato. “Estamos destruídos. Nosso medo é que acabe em pizza, que não dê em nada. O motorista negou socorro ao meu filho. Se ele tiver errado mesmo, foi um assassino”, disse.
Corpo. O corpo foi liberado na tarde de ontem pelo IML (Instituto Médico Legal) de Pinda e encaminhado para Cachoeira Paulista. Ele será enterrado no Cemitério Municipal. “Perdemos parte da família, um menino muito bom e trabalhador. Estamos inconformados por não terem ajudado ele”, disse Mayra Cardoso de Oliveira, prima do motociclista.
Reportagem Michelle Mendes/ O Vale
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