Foto: Jornal Atos.
Em busca do socorro à rede pública de saúde de Piquete, o prefeito Mário Silva e a eleita para o cargo, Teca Gouvêa estiveram na última semana em Brasília, onde entregaram um plano de emergência ao setor, no Ministério da Saúde, que analisa a situação. A expectativa é de que o governo lance ainda em dezembro o plano para combater a crise, que dificulta o atendimento na cidade.
Sem verba para manter o atendimento, a secretaria chegou a sofrer com a falta de médicos, e estrutura deficitária. Silva assumiu a prefeitura em maio, após a cassação de Rodrigues e desde então vem enfrentando uma série de irregularidades deixadas pelo antecessor.
No início de novembro, o prefeito chegou a revelar que estava prestes a decretar estado de calamidade na rede pública, onde acumula dívidas com profissionais e empresas gestoras, além da falta de estrutura para o atendimento aos moradores.
A cidade acaba de rescindir o terceiro contrato com empresas gestoras, contraindo mais uma pendência. Firmada em 2006, a parceria entre o Gase (Grupo de Assistência à Saúde e Educação) e a prefeitura de Piquete entrou na mira do Tribunal de Contas do Estado. Um relatório da entidade revelou irregularidades no convênio, de 2010 e condenou o ex-prefeito Otacílio Rodrigues a devolver R$ 1.724.400, valor superior ao limite permitido por lei para contrato de prestação de serviço.
Após o encerramento do convênio com o Gase, a prefeitura fechou acordo com a Osse (Organização Social Saúde e Educacional Revolução), que ficou apenas um mês no trabalho, após uma desentendimento quanto aos valores. Em seguida, a prefeitura fechou com outra gestora, a Casa Brasil, com um contrato inicial de R$ 300 mil e que também foi cancelado em novembro.
De acordo com Mário Silva, as três empresas são hoje credoras da administração municipal (Gase R$ 89 mil, Osse R$ 45 mil e Casa Brasil R$ 130 mil).
Na viagem a Brasília, o prefeito e sua sucessora receberam do Ministério a notícia de que a situação será avaliada. “Normalizamos o atendimento no hospital, mas essa ajuda é essencial para impedir uma dificuldade maior. Acho que essa verba não deve chegar este ano, mas para a próxima administração”, comentou o chefe do executivo.
Se preparando para assumir a prefeitura Teca Gouvêa acredita que o governo será eficaz para sanar a crise na saúde.
“Estamos aguardando um chamado para discutir esse levantamento do ministério. Será um parecer técnico. Após esse diagnóstico, poderemos receber esse apoio, o que será importante, porque é nossa prioridade equacionar essa crise”, enfatizou a prefeita eleita, que descartou por enquanto a possibilidade do decreto de calamidade pública no setor.
Reportagem Francisco Assis/Jornal Atos
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