segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Após Pit Stop, combustível volta à polêmica em Cachoeira Paulista

Posto da empresa vencedora para fornecer combustíveis à Prefeitura; vereadores prometem investigar processo

O processo licitatório para a contratação da empresa que será responsável pelo fornecimento de combustíveis à Prefeitura de Cachoeira Paulista gerou polêmica e questionamentos esta semana no município.

Vereadores afirmam que o posto vencedor, localizado no bairro do Pitéu, é de propriedade do mesmo grupo familiar de sócios do posto que é investigado, juntamente com antigos membros do Executivo, pela Policia Federal na Operação "Pit Stop".

Em dezembro do ano passado, os policiais realizaram uma varredura na Prefeitura em busca de documentos que pudessem comprovar um suposto esquema de desvio de verbas públicas. De acordo com investigações da polícia, a antiga gestão teria pago mais de R$ 10 milhões a um posto, que seria o principal fornecedor para a frota oficial.

Para o vereador Aurélio da Farmácia (PMN), o resultado da licitação, que contou com a participação de cinco empresas, é no mínimo “estranha”. “O vencedor ofereceu os combustíveis a preço de custo e isso é muito suspeito porque o negócio não irá trazer nenhuma vantagem a ele. Já que o posto é de propriedade da mesma sociedade familiar que está sendo investigada na Pit Stop, os vereadores irão analisar se houve irregularidade no processo”.

De acordo com o vereador Zé Ritinha (PRTB), os parlamentares já encaminharam requerimentos pedindo esclarecimentos sobre o processo licitatório. “A empresa não tem o mesmo CNPJ, mas os dois postos são da mesma sociedade familiar. Fizemos requerimentos pedindo a cópia do edital, o nome das empresas participantes e os preços que todas ofereceram para analisarmos mais profundamente como ocorreu o processo”,.

Pneus – Aurélio da Farmácia criticou ainda os processos licitatórios realizados pelo Executivo. Ele questionou a contratação da fornecedora Carlos Gomes Agostinho meses após a abertura de investigação por suspeita de negócios irregulares. 

Empresa e Prefeitura estiveram no foco de denúncia que revelou que os preços de materiais de escritório, comercializados pela Carlos Agostinho, estavam acima do mercado. 

Desta vez, o contrato com a fornecedora é para venda de pneus. Após nova denúncia, o acordo acabou sendo suspenso. “Mesmo depois de todo aquele problema com a Carlos Agostinho, parece que o prefeito João Luiz (PT), não aprende. Estive no começo do ano em seu gabinete o alertando sobre essas questões, mas não sei se ele tem problema auditivo ou interpretativo”, ironizou.  

Resposta – Em nota oficial, a Prefeitura esclareceu que o processo foi feito totalmente de acordo com a lei federal.  A análise ainda não foi finalizada, já que uma das empresas participantes apresentou recurso administrativo, que está pendente de apreciação.

A nota enfatiza que a licitação foi acompanhada pelos vereadores Cláudio Gaspar (PV) e Max Miranda (DEM), não havendo qualquer tipo de favorecimento a nenhum dos licitantes. O texto ressaltou que qualquer classificação de suspeita “é leviana” já que o processo “foi público, transparente e sequer foi finalizado”.

Reportagem Lucas Barbosa
Jornal Atos

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