quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Ex-funcionários temem ‘calote’ da Santa Casa de Cachoeira Paulista

Entrada de pacientes da Santa Casa de Cachoeira; em crise financeira, hospital tem pendências com ex-funcionários( Foto: Arquivo)

A informação de que o prefeito João Luiz Ramos (PT), teria a intenção de decretar o estado de falência da Santa Casa vem causando preocupação pelas ruas de Cachoeira Paulista. Ex-funcionários da entidade, demitidos no início do ano, temem não receber os seus direitos trabalhistas.

Diante das dívidas deixadas pela antiga gestão, que chegam a quase R$17 milhões, a Prefeitura, responsável pela Santa Casa, demitiu cerca de noventa funcionários do hospital em busca de cortar gastos e renovar a equipe.

De acordo com uma ex-agente de saúde, que não quis se identificar, a maioria de suas colegas de função, enfermeiras e técnicas de enfermagem até hoje não receberam seus direitos trabalhistas. “Estamos todos lutando na justiça para conseguir nosso dinheiro do Fundo de Garantia, férias, rescisão contratual e mais 15 dias trabalhados. Está difícil me manter, porque estou desempregada e a Prefeitura não paga o que tenho de direito”, desabafou. Para piorar o quadro e agravar a ansiedade dos trabalhadores, há algumas semanas, uma nova informação na cidade de que a Prefeitura iria decretar estado de falência da Santa Casa, o que deixaria os trabalhadores “a ver navios”.

Outra ex-agente de saúde, que também não quis se identificar, e que trabalhou quatro anos na entidade, comentou o seu temor com o possível desfecho do caso. “Estamos com muito medo de tomar esse calote, porque todo mundo sabe que quando uma empresa ou entidade declara falência ela não precisa pagar suas dívidas. Já não sabemos o que fazer, porque esse boato dentro do setor da saúde está muito forte”.

Resposta – Em nota oficial a Prefeitura afirmou que o prefeito João Luiz Ramos não irá pedir a falência da Santa Casa e que devido a problemas nos pagamentos dos parcelamentos de débitos anteriores, a entidade não possui Certidão Negativa de Débito, o que a impede de receber verbas públicas.
Ainda de acordo com a nota, mesmo sem o documento, a Prefeitura tem feito o possível para resolver as pendências com os ex-funcionários.

Reportagem Lucas Barbosa
Jornal Atos

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