sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Cruzeiro assegura verba de R$ 1,5 milhão para reforma do complexo ferroviário

Em 2006, o convênio foi firmado para a reforma da Estação Central, dos prédios adjacentes e das estações ao longo do trecho de Cruzeiro. O primeiro projeto foi considerado pela Caixa Econômica Federal incompleto e deficitário, o que ocasionou a paralisação. 

O prédio da estação e as locomotivas ainda se mantém vivas na memória dos moradores da cidade. 

O aposentado Benedito Maximiliano, 97 anos, lembra dos trinta anos em que trabalhou na plataforma como segurança. Ele se recorda dos trens que chegavam lotados e movimentavam a região. Hoje a sensação é de ver a história sumir aos poucos. “Se funcionasse a estação, seria melhor. Ficaria feliz de ver aquilo reformado”. 

Lígia Castro, 60 anos, também se lembra das viagens que fazia de São Paulo com destino a cidade. “Como era gostoso vir a Cruzeiro e chegar na estação”.
Entre os problemas que paralisaram o restauro estão erros nas medidas do prédio e de quantificação. Além disso, uma capina feita do prédio principal até a estação Rufino de Almeida, que custou R$ 103 mil, foi realizada de forma irregular, e que, segundo a secretária de Planejamento e Obras, Cristina Biondi, deveria ter sido feita no início da manutenção dos reparos. 

A quantia estipulada no primeiro orçamento também resultou na criação do novo projeto, já que os valores eram baixos para realização da reestruturação do edifício principal. Foram previstos R$ 864 mil para a manutenção da via permanente da ferrovia, mas o valor era insuficiente para a compra dos dormentes, que sozinhos custariam mais de R$ 1 milhão.

Por esse impasse, a prefeitura sugeriu ao Governo Federal a troca dos objetos de investimentos, ou seja, o município deixaria de realizar os serviços na via permanente por conta da inviabilidade e o valor que seria gasto seria repassado para a reforma de prédios do complexo. 
Cristina explicou que a demora para concluir o novo convênio e dar início às obras ocorreu por conta da dificuldade em explicar ao Ministério do Turismo a nova canalização dos recursos.

O valor já gasto de R$ 233 mil deverá ser ressarcido à Caixa. A prefeitura tenta uma manobra para que esse dinheiro seja aplicado na própria obra. A secretária informou que a licitação tem início em aproximadamente trinta dias e que após o processo de cerca de 45 dias, com a empresa vencedora, se dará início as obras.


Allan Torquato
Jornal Atos

Nenhum comentário:

Postar um comentário

EM BREVE RETORNAREMOS. AGUARDEM!!!