Vista parcial da cidade Piquete
Dados divulgados no último final de semana pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que 21% das cidades brasileiras registraram diminuição populacional entre 2000 e 2013.
Na região, Piquete foi o único município a apresentar um encolhimento populacional expressivo. Segundo o IBGE, em 2000, o Censo contabilizou 15.200 mil habitantes na cidade, já no ano passado, o número caiu para 14.278, uma taxa de variação de -6,1%. Para o DJ e especialista em marketing, Paolo Giffoni, 43 anos, nascido em Piquete, a falta de oportunidade de crescimento profissional é o principal motivo que leva os moradores a deixarem a cidade.
Giffoni, que atualmente se divide entre São Paulo e São José dos Campos, deixou Piquete em 1996 rumo à capital paulista.
Após trabalhar 16 anos no ramo da hotelaria, decidiu fazer um curso de DJ e atualmente tem diversas produções que chegaram a ser tocadas na Europa. “Piquete infelizmente não tem nada para oferecer aos seus jovens. Desde cedo, quem tem vontade de cursar uma faculdade é obrigado a recorrer às cidades vizinhas. O mercado de trabalho aqui é praticamente nulo, então os moradores mudam para outras cidades em busca de um futuro melhor”, finalizou.
Após trabalhar 16 anos no ramo da hotelaria, decidiu fazer um curso de DJ e atualmente tem diversas produções que chegaram a ser tocadas na Europa. “Piquete infelizmente não tem nada para oferecer aos seus jovens. Desde cedo, quem tem vontade de cursar uma faculdade é obrigado a recorrer às cidades vizinhas. O mercado de trabalho aqui é praticamente nulo, então os moradores mudam para outras cidades em busca de um futuro melhor”, finalizou.
O analista de sistemas, Gustavo Freire, 26 anos, que atualmente mora e trabalha em São José dos Campos, também concorda que é dificil ter um crescimento profissional. “O jovem que sabe do seu potencial tem que procurar outra cidade para crescer. No meu caso, São José que é um polo tecnológico e que oferece tanto oportunidades de trabalho quanto de qualificação, com faculdades e cursos técnicos”.
Executivo
A prefeita Teca Gouvêa (PT), é necessário um maior apoio governamental para tentar reverter este quadro. “O perfil da cidade é apropriado para a instalação de empresas de prestação de serviços, o que gera empregos. Além disso, o setor turístico poderá propiciar um número considerável de postos de trabalho, desde que o setor seja alavancado com recursos dos governos estadual e federal”.
Menos filhos e mais moradores indo embora
Os números, obtidos através do Censo Demográfico, demonstram que dos 5.570 municípios brasileiros, 1.178 registraram diminuição no número de habitantes. Com o levantamento, que gerou grande repercussão, especialistas afirmam que a redução da taxa de fecundidade e os processos migratórios internos são as hipóteses mais prováveis para o encolhimento nestes municípios. Fora Piquete, as demais cidades da região registraram aumento populacional. Em 2000, Potim contava com 13.605 mil habitantes, já no ano passado o Censo contabilizou um aumento de 58%, chegando a 21.501 mil. Pindamonhangaba foi à segunda cidade que mais viu sua população crescer, de 126.026 em 2000 para 157.062 em 2013, uma variação de 24,6%.
Lucas Barbosa
Jornal Atos
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