segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Tragédia da Serra das Araras completa 48 anos

Nosso blog que busca sempre trazer noticias da região de Cruzeiro e Região abre espaço para apresentar essa matéria publicada pelo jornalista Aurélio Paiva do jornal DIÁRIO DO VALE  do Sul Fluminense mostrando um tragédia que deixou o Brasil chocado.

Uma cruz de 10 metros na subida da Serra das Araras (Piraí-RJ), no local conhecido por Ponte Coberta, marca o início de um enorme cemitério construído pela natureza. Lá estão cerca de 1400 mortos (fora os mais de 300 corpos resgatados) vítimas de soterramento pelo temporal que atingiu a serra em janeiro de 1967. Foi a maior tragédia da história do país, superando o número de mortos da tragédia na Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro, acima de 500.

Ônibus da Viação Cometa parcial destruído


No episódio da Serra das Araras, suas encostas praticamente dissolveram em um diâmetro de 30 quilômetros. Rios de lama desceram a serra levando abaixo ônibus, caminhões e carros. A maioria dos veículos jamais foi encontrada. Uma ponte foi carregada pela avalanche. A Via Dutra ficou interditada por mais de três meses, nos dois sentidos.

A Revista Brasileira de Geografia Física publicou, em julho de 2010, a lista das maiores catástrofes por deslizamento de terras ocorridos no país. O episódio da Serra das Araras, com seus 1700 mortos estimados, supera de longe qualquer outro acidente do gênero no país.

A Via Dutra havia acabado de ser duplicada na Serra das Araras.


Para se ter uma idéia do que ocorreu na Serra das Araras basta comparar os índices pluviométricos. A tragédia de Teresópolis ocorreu após um volume de chuvas de 140mm em 24 horas. Na Serra das Araras, em 1967, o volume de chuvas chegou a 275 mm em apenas três horas. Quase o dobro de água em um oitavo do tempo.

Mas o episódio da Serra das Araras parece ter sido apagado da memória do país e, especialmente, da imprensa. O noticiário dos veículos de comunicação enfatiza que a tragédia da Região Serrana do Rio superou o desastre de Caraguatatuba em março de 1967. O caso da Serra das Araras, ocorrido em janeiro daquele mesmo ano, sequer é citado.

Até a ONU embarcou na história e colocou a tragédia de Teresópolis entre os dez maiores deslizamentos de terras do mundo nos últimos 111 anos.

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