sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Sem saída Santa Casa pede intervenção do município para manter atendimento

Diante da grave crise financeira que a Santa Casa de Misericórdia de Cruzeiro vem passando nos últimos anos, amargando uma divida de mais de R$22 milhões, a ‘Mesa Administrativa’ da entidade pediu a intervenção do hospital por parte da prefeitura. E desde as primeiras horas desta quinta-feira, (01), o prefeito Rafic Zake Simão e toda administração municipal tem se empenhado em buscar alternativas para manter o atendimento, não só no pronto Socorro, mas de toda instituição. 
Cabe ressaltar que PS e Santa Casa, mesmo funcionando em conjunto e no mesmo prédio, são duas instituições diferentes. Até então somente o pronto socorro era de responsabilidade da prefeitura. Já o hospital, é privado, administrado desde o inicio por um grupo de pessoas da cidade e que recebem recursos do Estado e da União.
Entretanto, mesmo com os recursos e emendas, a Santa Casa de Cruzeiro, ao longo dos anos foi acumulando dividas que atualmente obrigou a administração da entidade pedir a intervenção, alegando falta de recursos para manter alguns serviços essenciais, como maternidade, UTI, Cirurgia e internação.
“A Santa Casa é uma empresa particular, com recursos e repasses Estaduais e Federais. Já o Pronto Socorro é obrigação do prefeito e deve ser custeado pela prefeitura. Mas diante desse pedido de intervenção, vamos unir esforços e fazer com que nenhum serviço seja prejudicado e vamos superar essas dificuldades”, disse o prefeito Rafic Zake Simão, durante entrevista coletiva. 
Nenhum desses serviços era de responsabilidade do município, mas os atuais administradores da entidade assumiram nesta quarta-feira, (30), que não tem mais condições de gerenciar os serviços, pedindo a intervenção municipal.



Rafic disse que não só o pronto socorro, mas a Santa Casa e todos os serviços não podem fechar as portas, já que a entidade é referência para outros 11 municípios do Vale Histórico.
O chefe do Executivo assumiu a responsabilidade quanto ao repasse mensal da prefeitura para custear o Pronto Socorro, que está há dois meses atrasado. Entretanto ao longo dos últimos dias tem remanejado profissionais e também enviado recursos financeiros para saldar a dívida. “eu assumo que o município está atrasado com o repasse para custear o pronto socorro, mas isso é por conta da crise financeira que estamos vivendo em todo país, mas não fugimos da nossa responsabilidade e estamos buscando alternativas para contornar esse problema”. 



E para que a população de Cruzeiro e região continue sendo atendida no Pronto Socorro que funciona no mesmo prédio que a Santa Casa, a Administração através da Secretaria Municipal de Saúde, por motivo de emergência, decidiu provisoriamente remover parte da equipe do Pronto Atendimento, localizado na vila Paulo Romeu para o P.S que infelizmente teve seu atendimento prejudicado, em virtude da situação financeira da Santa Casa.
Por isso, o Pronto Atendimento da vila Paulo vai funcionar 12 horas por dia, das 7h ás 19h.



A decisão tomada pela Prefeitura tem o objetivo de garantir o atendimento á população, nesse momento delicado em que se encontra a Santa Casa de Misericórdia. Outras medidas deverão ser tomadas, assim que o Governo do Estado se pronunciar sobre o assunto.
Outra questão financeira que motivou a intervenção é referente ao repasse mensal do Estado através do “Pró Santa Casa”, que está bloqueado devido a má gestão da entidade, que não prestou contas da compra de medicamentos.
Apesar dessa questão não ser de responsabilidade do município e sim administrativa da entidade, diante da intervenção, prefeito Rafic tem buscado contatos insistentes com o secretario de estado da saúde, David Uip. “Quando a gente senta na cadeira de prefeito, devemos saber que temos responsabilidades e a saúde é a principal delas, não vamos fugir de nossas responsabilidades e nem ficar lamentando, vamos trabalhar e incansavelmente buscar soluções para sair dessa crise”.

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