A Câmara de Piquete cassou o mandato da prefeita Ana
Maria de Gouvêa 'Teca' (PSB) na tarde da quarta-feira (12). A prefeita era
alvo de uma Comissão Processante Interna (CPI) que investigava o abandono de
cinco imóveis públicos. O vice-prefeito, Agnaldo de Almeida Mendes (MDB) foi
empossado no fim da tarde.
Teca era alvo de uma CPI que apurava
há alguns meses a denúncia do presidente da Câmara, Mário Celso de Santana
(PSD), do abandono um centro de educação ambiental, duas escolas municipais,
uma academia ao ar livre e um posto de saúde.
Os imóveis faziam parte da lista de
51 prédios públicos, mas estariam sem manutenção ou uso. Em sua defesa ao
legislativo, a prefeita alegou que a cidade conta com 49 prédios, entre
escolas, unidades de saúde e repartições em funcionamento e que atendiam a
demanda da população sem prejuízos.
Após a apresentação da defesa, a
Câmara se reuniu nesta quarta-feira (13) para decidir pelo arquivamento ou
cassação da prefeita. A sessão começou às 9h e os trabalhos para a decisão
duraram cerca de oito horas e terminou pela cassação do mandato de Teca por
oito votos a um.
Único voto contrário, o vereador
Rodrigo Nunes (PHS) alegou que a motivação da cassação era frágil. “Tirar um
prefeito eleito por voto do posto é um desgaste para a cidade. A denúncia não
era grave, não havia nenhum desvio de verba, uso indevido do bem público. Por
isso eu fui contrário”, conta.
Ao G1, Teca informou que foi pega de surpresa com a
votação e que estava cumprindo agenda em São Paulo. Disse ainda que a cassação
trata-se de perseguição política, que os prédios citados na denúncia estavam
fechados desde antes da sua gestão e que a cidade não tinha orçamento para
recuperá-los.
“Eu priorizei os serviços para o
morador na minha gestão e com orçamento que tínhamos não consegui recuperar
esses imóveis. Não estou sendo acusada de desvio nenhum, vou aguardar a decisão
da justiça sobre esse caso”, explicou a prefeita.
Fonte:g1/vale
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