domingo, 30 de setembro de 2012

S. José e Cruzeiro batem meta de produtividade


Mudanças nos trabalhos de investigação na DIG fizeram a diferença para melhorar o trabalho. Foto: Arquivo

Apenas duas delegacias seccionais, das seis que integram o Deinter 1 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior), atingiram a meta de resolução de casos de homicídios dolosos (quando existe a intenção de matar) cometidos este ano no Vale do Paraíba.
De acordo com levantamento da Polícia Civil no Vale, 236 casos foram registrados nas 39 cidades da região até 15 de setembro. As seccionais de São José dos Campos e de Cruzeiro foram as duas que conseguiram ultrapassar a meta de 40,5% de casos esclarecidos, quando há a identificação da autoria dos crimes.
Cruzeiro, que conta atualmente com nove investigadores na DIG (Delegacia de Investigações Gerais), responsável pelas investigações de crimes de grande complexidade como homicídios, alcançou até agora 66,6% de esclarecimento dos casos da seccional.
Isso representa que, de um total de 15 mortes (sendo 11 na própria cidade), 10 foram esclarecidos. As mortes foram, na maioria, em decorrência do tráfico de drogas, crimes passionais e desentendimentos.
Já na unidade de São José, 50% dos casos tiveram a autoria conhecida -- foram 54 assassinatos registrados e 27 esclarecidos, sendo eles por motivo passional e acertos de contas do tráfico de drogas.

Ranking. Dos 53 casos de homicídio em Guaratinguetá, 21 foram esclarecidos -- representando 39,6%.
No ranking, São Sebastião e Taubaté vem em seguida com 39% e 37,8% de esclarecimentos, respectivamente. Foram 41 homicídios dolosos cometidos na seccional de São Sebastião, com 16 esclarecimentos até agora, seguidos por 66 mortos e 25 esclarecimentos em Taubaté.
Mesmo com apenas duas seccionais terem atingindo a meta, o delegado João Barbosa Filho, diretor do Deinter 1, afirma que os índices são grandes respostas à sociedade. Ele faz questão de destacar o “excelente trabalho dos policiais civis da região”.
“Esse número é muito significativo e mostra o quanto a Polícia Civil da região melhorou, colocou mais criminosos na cadeia e identificou a autoria dos casos. Há crimes que são mais complexos e levam mais tempo, mas esse número será ainda maior.”
Para ele, a Seccional de Jacareí precisa se empenhar mais para encontrar a autoria dos homicídios. A unidade atingiu somente 23,5% do índice e esclareceu oito das 34 mortes.

Taubaté. “Taubaté melhorou bastante, pois o número de mortes também diminuíram, já em Jacareí, o efeito foi contrário, as mortes aumentaram”, disse o delegado.
Para ajudar a combater o crime, a Delegacia Seccional de Taubaté criou no início do ano uma espécie de DHPP (Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa de São Paulo).


José Antônio de Paiva Gonçalves, delegado da Seccional de Cruzeiro, atribui os números positivos às mudanças realizadas na DIG da cidade.
“Temos uma equipe muito boa, com delegado e investigadores empenhados em casos grandes, como homicídios. Fiz diferente, tirei os casos pequenos para não ‘afogar’ a equipe e deu certo”, disse o delegado.

Jacareí.Delegado da Seccional de Jacareí, Célio José da Silva alegou ter poucos investigadores para trabalhar com a demanda, que está crescendo.
“Somos a seccional que menos tem investigadores também. Em setembro as coisas estavam caminhando bem, mas em uma semana tudo mudou e registramos quatro mortes”, disse.

ANÁLISE
Especialista aprova indicadores
Taubaté
Segundo Leandro Piquet Carneiro, especialista em crime organizado da USP (Universidade de São Paulo), os números apresentados pelo Deinter 1 são positivos se comparados a índices nacionais de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro.
“O índice nacional de esclarecimentos de homicídios não chega a 60% e tem seccional da região que já chegou a 50%. Está melhor do que cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, onde há conflitos com o crime organizados e mais mortes. No Rio, o índice deve estar na faixa de 9%”, disse Piquet.
Para o especialista, apesar disto sensação de impunidade da população aumenta porque, mesmo com os esclarecimentos, a Justiça acaba libertando os criminosos. “Mesmo o bandido confessando, há casos em que não há provas suficientes”, afirmou.

SECCIONAIS
Cruzeiro
66,6% (10 autorias/ 15 mortes

São José 
50% (27 autorias/ 54 mortes)

Guaratinguetá 
39,6% (21 autorias/ 53 mortes

São Sebastião
39% (16 autorias/ 41 mortes)

Taubaté
37,8% (25 autorias/ 66 mortes)

Jacareí
23,5% (8 autorias/ 34 mortes

Fonte: O Vale

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