Piso da entrada do Centro Cirúrgico em péssimas condições. |
A crise na Santa Casa de Cachoeira Paulista, que tem se agravado ao longo dos anos, teve mais um episódio essa semana. Dessa vez foi o fechamento do centro cirúrgico que levantou reclamações de usuários do serviço nas redes sociais e que se agravou após uma confusão com pacientes convocados para novos exames de sangue, que teriam esperado durante horas na fila.
O interventor da Santa Casa, Marco Antonio Marucco, afirmou que o centro cirúrgico está fechado para a reforma e novas adaptações de acordo com exigências. “Fomos notificados pela Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo da regional de Taubaté. Essas situações vem ocorrendo desde a outra gestão, mas ninguém tomou providencia, após o término da reforma ele volta a funcionar normalmente”, revelou.
Quanto aos pacientes, o interventor alegou que estão sendo atendidos na Santa Casa de Aparecida.“Os pacientes de obstetrícia estão sendo atendidos em Aparecida, fizemos um acordo através da regional e do nosso secretário, sem prejuízo para o município”.
Marucco assegurou que a previsão para o término da obra é de sessenta dias. Quanto à verba destinada ele declarou que não há valores fixos, já que está sendo custeada pela própria Santa Casa e a mão de obra cedida pela Prefeitura.
Na última segunda-feira, a Santa Casa registrou um novo problema. Pacientes que haviam feito exames de sangue, alguns dias atrás, foram convocados para fazer novos exames. Em uma postagem na rede social, uma gestante, declarou que já havia feito exame e que por algum motivo não recebeu o resultado e que fora convocada para refazer. Ela desabafou que ao chegar à Santa Casa era mutirão e que havia umas trinta gestantes e mais quarenta pessoas, sendo mais da metade idosos. A mulher ressaltou que havia pessoas que estavam em jejum, desde a madrugada, e que por volta das 8h40 ainda não tinham sido atendidas.
Quanto a esse problema, Marucco alegou que não tem nenhuma relação com o fato e que houve falha na comunicação entre ele e a secretaria de Saúde que deveria responder pelo fato. “Na realidade, me deparei quando cheguei ao hospital e tinha um acúmulo de pessoas e não fomos avisados, então nossa logística falhou, porque na sexta-feira fizeram a programação, mas não recebemos nada por escrito, esses exames que foram feitos ontem, antes eram analisados em Taubaté, e foram suspensos, então a secretaria tratou isso com Aparecida”, ressaltou.
O interventor relatou que a Santa Casa está negociando um contrato com uma empresa para prestar serviços médico ao pronto atendimento, já que hoje há dificuldade de arrumar médicos. Ele destacou que para se manter dois médicos 24 horas no hospital é preciso manter uma equipe com pelo menos 14 médicos e que essa parceria irá suprir essa necessidade.
Reportagem Allan Torquato/ Idalina Miranda
Jornal Atos
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