Foto: Flavio Pereira/Meon
A Santa Casa de Misericórdia de Cruzeiro ameaça fechar as portas nesta terça-feira (5). Com R$ 10 milhões de dívidas referente a pagamentos atrasados e de serviços contratados, a direção do hospital pretende paralisar as atividades, caso a Prefeitura de Cruzeiro ou o Estado não se manifestem sobre o caso.
Com o rompimento da parceria entre a Prefeitura e a Santa Casa, estabelecido por um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), a entidade acumula contas e deixou de receber R$ 850 mil de repasses da administração municipal para gerir os atendimentos de emergências na cidade. Agora, os serviços foram transferidos para a UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) da Vila Paulo.
Segundo Ed Carlos, superintendente da Santa Casa, a saúde financeira da entidade está comprometida e os funcionários correm o risco de não receber em agosto. "Atendemos diversas cidades da região e atualmente estamos no nosso limite, mas infelizmente ninguém está sensibilizado com a nossa situação. Além disso, não temos dinheiro em caixa para realizar o pagamento dos salários", afirma.
Além da falta de recursos, a diretoria da Santa Casa também enfrenta outra problemática: a falta de medicamentos. "Não temos condições de trabalho, pois está faltando material cirúrgico e, o principal, os medicamentos. Ainda estamos aguardando a prefeitura e o Estado depositar alguns recursos, que chega a R$ 1,8 milhão para o Estado e R$ 2 milhões para a prefeitura, referente aos meses anteriores do convênio", ressalta Ed Carlos.
De acordo com o superintendente, o hospital atende mais de 200 pacientes por dia no Pronto-Socorro, além de 500 internações todos os meses, mas os médicos estão desmotivados por conta de atrasos dos plantões. "Estamos com uma situação financeira caótica, estamos sem o pagamento dos plantões que foram realizados pelos médicos em junho, que chegam a R$ 420 mil, mas até agora a prefeitura não realizou o pagamento, o que complica ainda mais", completa.
Hoje, 80 pacientes estão recebendo tratamento na Santa Casa e devem continuar os procedimentos até a finalização. Já os casos de urgências vão ser encaminhados para a DIR (Direção Regional de Saúde) em Taubaté.
Outro lado
A Prefeitura de Cruzeiro, por meio de sua assessoria de imprensa, afirma que vai se reunir com a diretoria do hospital e medidas emergenciais devem ser anunciadas nesta semana pelo prefeito Rafic Simão (PMDB). Conforme já adiantou o Meon, a alternativa é que a administração assuma o Pronto-Socorro da Santa Casa de Cruzeiro.
A Prefeitura de Cruzeiro, por meio de sua assessoria de imprensa, afirma que vai se reunir com a diretoria do hospital e medidas emergenciais devem ser anunciadas nesta semana pelo prefeito Rafic Simão (PMDB). Conforme já adiantou o Meon, a alternativa é que a administração assuma o Pronto-Socorro da Santa Casa de Cruzeiro.
Já sobre os repasses do Estado, a Secretaria Estadual de Saúde ressalta que "a entidade possui pendências com a dívida ativa da União e que só poderá receber repasses estaduais após regularizar sua situação".
Moises Rosa/Portal Meon
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